terça-feira, 24 de novembro de 2009

N'O Poço

Um pequeno à parte:
Chegámos a Portugal. Como acontece muitas vezes entrámos pelo Sul, com pernoita na AS AC de Castro Marim.
Um pequeno conselho: se vos apetecer comer fora vão a'O Poço, bem no centro da vila.
Peçam à D: Maria da Encarnação para vos fazer uma cataplana de bacalhau.
E depois digam-me....

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

PELA COSTA

O CABO DA GATA
Terminada que foi a visita a Granada descemos para o Sul em direcção a Almeria. Iamos com rumo ao Parque Natural do Cabo de Gata, com intenção de pernoita no PC Cabo de Gata que não conhecíamos. Oh cruel desilusão! Então nos Parques Naturais instalam-se estufas por todo o lado e estas fazem vazadouro dos seus detritos de produção nas marismas do Parque?
O PC nem era mau, apesar de se tratar de uma colónia de residentes britânicos, holandeses e alemães. Mas estava rodeado de estufas de produção de legumes e isso tirava-lhe todo o encanto.
A estrada da costa de Almeria até ao local onde estamos de momento, Torrox Costa, perto de Málaga é um mar de plástico. Não consigo encontrar o adjectivo apropriado para descrever a paisagem: fiquemos por deprimente.
O local de pernoita actual é o PC "El Pino"; outra colónia britânica; na recepção pouco castelhano se fala, no supermercado só inglês, no bar idem e a comida disponível no restaurante é tipicamente "british", brrr. Ficaremos por aqui pouquíssimo tempo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A PROPOSITO DO IV ENCONTRO DO CAB

  1. A “Proposta aos Participantes do IV Encontro do CAB“, da autoria do companheiro Errante, parece-me ter todo o sentido. Efectivamente o CPA, como está, parece-me ser um corpo morto que em nada ajuda o movimento auto caravanista. O número de sócios de que se prevalece poderá ter a ver com o preço do seguro da Castela & Veludo (de notar que este preço só é competitivo para o seguro contra terceiros) e com a obtenção da carta de campista(que também pode ser conseguida noutros lados).
  2. A reacção do companheiro Papa Léguas entende-se por não ter apreciado que o seu nome fosse avançado publicamente, não estando de acordo com alguns dos pontos de vista defendidos pelo companheiro Errante. Esse ponto poderia e deveria ser discutido na reunião do CAB. A cena do telefone, sendo caricata, não me parece suficiente para colocar o CPA de parte; existem motivos bem mais pertinentes para isso.
  3. A contra-reacção do companheiro Errante é esclarecedora e pertinente. Apenas não consigo aceitar, nem compreender e passo a citar “ Finalmente uma palavra para dizer como lamento não estar presente no próximo encontro do CAB, em razão da minha permanente indisponibilidade para participar em programas recreativos focados nos meio-dias matinais. Uma indisponibilidade de sempre!” .
  4. Mais uma vez se me coloca a dúvida: vale a pena tentar o associativismo nesta actividade ou continuo a fazer turismo itinerante “orgulhosamente só”.
  5. E agora, por favor, que ninguém me venha acusar de estar a atacar ou a levantar polémicas com quem quer que seja. Estive apenas a pensar alto e achei que valia a pena passar alguns dos meus pensamentos a escrito para não me esquecer. Eu tenciono ir ao IV Encontro e gostava muito de lá ver estes assuntos debatidos serenamente.

GRANADA




Dá-lhe esmola, mulher,
que na vida não há nada
como a dor de ser cego
em Granada.

Este dito popular, inscrito num muro do Alhambra, evoca a beleza desta cidade, da sua localização privilegiada e das suas impressionantes jóias artísticas criadas pelo homem.
Na impossibilidade de tudo ver, optámos pelo Alhambra, pela Catedral e pela Capela Real.
A visita ao Alhambra tomou-nos um dia completo. Há que realçar, pelo menos, quatro visitas distintas: os Palácios Nazaries, o Palácio de Carlos V, a Alcazaba e o Generalife.
Os Palácios Nazaries constituem o núcleo central das construções. Nada no seu exterior nos prepara para a sua beleza interior; a variedade e originalidade decorativa das suas abobadas em moçárabes, cúpulas e estuques, a que se unem a água e a luz enquanto elementos arquitectónicos fazem deles uma jóia de valor incalculável. Os Palácios organizam-se em torno de três pátios: o Pátio do Quarto Dourado, o Pátio dos Arrayanes e o Pátio dos Leões. É impossível no âmbito dum post descrever a beleza das decorações dos Palácios Nazaries: no entanto não queremos deixar de expressar a opinião de que os homens que sentiram a necessidade de se rodear de tais refinamentos deveriam ter um nível cultural muito elevado. O Alhambra fascina pela sua arquitectura, engalanada por água e jardins, que plasma a tradição do “paraíso” Corânico. Pode surpreender que um poder político, na altura em decadência, tenha construído essa obra prima e que os avatares da história a tenham respeitado.
O Palácio de Carlos V, mandado construir em 1526 pelo imperador com o mesmo nome (e financiado com os impostos cobrados aos Mouros!) contrasta com os anteriores. O exterior tem alguma grandiosidade mas, na nossa opinião, pesada. A planta é de grande simplicidade, um circulo inscrito num quadrado; as fachadas constam de um corpo inferior pesadamente almofadado e de um superior compartimentado por pilastras jónicas. A decoração interior que se conserva é pobre. Confessamos que em comparação com os Palácios Nazaries este não nos conseguiu impressionar.
A Alcazaba é a parte mais antiga do conjunto; trata-se de um conjunto de fortalezas e muralhas, constituiu a parte militar do Alhambra. Na praça de armas existem restos do bairro castrense, dominados pelo volume da Torre da Vela, baluarte histórico em que foram içadas as bandeiras dos Reis Católicos aquando da conquista da cidade.
O Generalife é na essência uma residência de Verão que já estaria construída em 1319, sendo assim anterior aos outros palácios do Alhambra. Compõe-se de uma zona apalaçada simples, rodeada por magníficos jardins em terraços, nos quais mais uma vez a água joga um papel determinante.
Para a visita à Catedral entra-se pela Gran Via de Colón embora a fachada principal se encontre na Praça de las Pasiegas. A apreciação exterior do monumento é dificultada pelo seu encravamento entre os imóveis circundantes; de qualquer modo a fachada tem uma certa imponência embora sem comparação com, por exemplo, Chartres. O inicio da construção foi em 1518 mas, tendo as obras durado quase dois séculos, nasceu gótica e foi terminada como renascentista. O interior é majestoso pelas suas proporções e também pela decoração da capela principal, circular e muito alta. Destaca-se ainda a beleza dos orgãos.
Na Capela Real, de grande dignidade e riqueza são notáveis os túmulos em mármore dos Reis Católicos. Estes, desejando ser enterrados nesta cidade que tanta glória lhes tinha proporcionado mandaram construir, para o efeito, esta capela.
Aqui se deu por terminada a visita a Granada.
Nota técnica: Mais uma vez a viagem entre Córdova e Granada decorreu por auto-estrada gratuita. Como alojamento em Granada escolhemos o PC “Reina Isabel”. Está a curta distância do centro da cidade, e o transporte público pára à porta(viagem de cerca de 15 minutos, 1,10 €). Está classificado como de 2ª categoria, as instalações são muito correctas . A ligação Internet custa 3 €/24 horas. Integrado na ACSI, a pernoita custa 15 €/dia .
Uma das principais parcelas da despesas de viagem estão a ser as entradas em monumentos; para dois, no conjunto de Sevilha, Córdova e Granada e não visitando tudo, mas apenas o que considerámos mais importante, já lá vão 150 €.
A partir daqui a viagem muda de cariz, de cultural para de natureza. De Granada vamos para o Cabo da Gata e depois fazer a costa sul de Espanha até Portugal.
De notar ainda que, desde que saímos de Portugal a 7 de Novembro, temos sido bafejados por um tempo de quase Verão com sol e temperaturas estivais.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CORDOVA


Depois de Sevilha, Córdova.
O plano da visita incluia a Judiaria com a sua Sinagoga, a Ponte Romana e a Torre “de la Calahorra”, a Catedral (antiga Mesquita) e o Alcazar.
A judiaria é um bairro pleno de encanto em que o tempo parece ter parado nos seus becos e ruelas de extrema alvura; a Sinagoga é um dos poucos exemplos de sinagoga medieval conservados em Espanha. Um pouco mais abaixo encontra-se na Calle Judios o monumento a Maimónides, judeu universal famoso como filosofo e médico.
A ponte romana atravessa o Guadalquivir entre a Porta da Ponte (construída no sec. XVI) e a Torre de la Calahorra; nesta antiga fortaleza árabe que já serviu como prisão para nobres, quartel e até escola, encontra-se neste momento instalado o Museu Vivo do Al Andaluz. É um museu audiovisual que apresenta a história da Córdova califal; as grandes correntes do pensamento dos séculos XII e XIII são representadas pelo rei cristão Afonso X o Sábio, pelo judeu Maimónides e pelos sábios muçulmanos Averroés e Ibn-Arabi. Ficámos extasiados com a abertura de espírito destas personagens, principalmente se comparada com a estreiteza de vistas dos representantes actuais das três religiões do livro. Ainda neste museu encontra-se uma notável maqueta da Mesquita como ela deveria ser antes da transformação cristã; a maqueta é tal que fotografias que lhe fizemos podem enganar os menos atentos como se da mesquita real se tratasse.
A arquitectura, única no mundo, da Mesquita-Catedral retrata a história de uma época fascinante, sendo um testemunho da fé de muçulmanos e cristãos. Sobre a basilica visigótica de São Vicente foi erigida, entre os seculos VIII e X a mesquita que hoje conhecemos. Depois da Reconquista, os cristãos “enxertaram” uma Catedral gótica no coração das suas delicadas naves. Mesquita e Catedral falam-nos cada uma dos seus difererentes credos, com o denominador comum da sensibilidade. O visitante actual contempla um edificio heterogeneo formados por dois templos tão magnificos como distintos.
O Alcazar é uma residência-fortaleza construída no século XIV por Afonso XI. Os seus muros testemunharam uma entrevista, em 1486, entre Cristóvão Colombo e os Reis Católicos, acontecimento registado em estatuária que se encontra nos magnificos jardins.
PS: Estas notas de visita aos monumentos foram efectuadas com o auxilio do Guia Verde Michelin da Andaluzia.
Nota técnica: a viagem entre Sevilha e Córdova decorreu pela autoestrada gratuita A4. Como alojamento em Córdova escolhemos o PC “El Brillante”. Este, tem como principal vantagem a de estar dentro da cidade, sendo compatível com a deslocação a pé aos principais locais de interesse. Está classificado como de 1ª categoria, sendo as instalações correctas e completas. Não possibilita ligação Internet. O seu principal inconveniente é o preço: 21 €/dia a AC e duas pessoas mais 5 € se quiser electricidade.
Agora rumo a Granada.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

EM SEVILHA






Antes de mais, é indispensável visitar: http://www.cab-circulo.blogspot.com/ . Efectivamente o encontro do CAB vai ter lugar na Marina da Amieira. Está aberto a não aderentes. Na minha última visita à Marina no dia 7 de Novembro os responsáveis tanto da Marina como do restaurante mostraram-se disponíveis para nos proporcionarem todas as facilidades possíveis.
Agora, Sevilha:
cidade em que já tinha estado várias vezes mas, como em muitas outras que visitei, o conhecimento limitava-se a aeroporto, salas de reuniões, hotel e aeroporto.
Desta vez é turismo e esta cidade é, toda ela, um autêntico postal ilustrado; tínhamos-lhe atribuído dois dias completos mas é pouco. A Catedral e a sua Giralda; a magnificente Praça de Espanha, o Alcazar e os seus Jardins, o espantoso Arquivo das Índias (os adjectivos estão-me a faltar) e para os aficionados a Praça de Touros da Maestranza e o seu Museu. Umas, poucas imagens das centenas que fiz ilustram este post.
Alguns dados técnicos: a viagem da Amieira Marina para Sevilha foram uns escassos 240 km. O alojamento escolhido foi a Área de Serviço para AC do Puerto de Gelves. Fica a escassos 4 km do centro e existe um serviço de autocarro por 1,25 €.
E amanhã vamos para Córdoba.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Aqui vamos nós de novo

Depois de uma pausa para tratar de assuntos médicos aqui estamos de saída para a Andaluzia com escala em mais um Enojantar na Marina da Amieira no próximo sábado 7 de Novembro.
Quanto à autocaravana também foi ao "médico" e espero que desta vez o assunto do funcionamento do frigorífico a gás esteja resolvido. Acabou também de ser instalada uma roda sobressalente já no âmbito da preparação para a viagem a Marrocos do próximo ano.
Neste périplo da Andaluzia esperamos visitar Sevilha, Córdova, Granada, Almeria e depois vadiar um pouco pela costa mediterrânica.
Se tudo correr bem estaremos de volta à marina da Amieira a 27 de Novembro para a reunião do CAB.