quinta-feira, 30 de abril de 2009

Era uma vez.....

Era uma vez um rei de um pequeno país.
Esse rei decidiu organizar um torneio a que compareceram cavaleiros de diversos países.
Era um rei gentil mas, como todos os humanos mesmo os reis, tinha alguns defeitos.
Entre esse defeitos contava-se a dificuldade de se expressar em público e, principalmente, de se dirigir nas suas línguas aos cavaleiros estrangeiros.
Mas o seu problema principal parecia ser a escolha dos seus colaboradores mais próximos.
Para este torneio internacional o bom rei escolheu como conselheiro principal um barão que lhe servia ao mesmo tempo de elo de ligação com os cavaleiros francos.Só que o referido barão deturpava tudo o que o rei dizia, fazendo-se ambos alvo da chacota dos cavaleiros francos.
Um dos súbditos ainda tentou pedir audiência ao rei para o avisar do facto, mas não tendo sido atendido, assistiu com pesar ao ridicularizar da instituição real.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Hoje estou contente!

Cáceres 28 de Abril,

as reacções suscitadas pelas mensagens colocadas nos fórums sobre o encontro de Abrantes são bastante animadoras.
É possível que o espirito de companheirismo do autocaravanismo não esteja completamente morto!!??

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O encontro de Abrantes I

Cáceres 27 de Abril

Estamos a tentar "digerir" o que presenciámos no encontro de Abrantes.
As nossas espectativas eram talvez demasiado altas e, por isso, sentimo-nos defraudados.
Julgámos que neste tipo de encontros os novatos eram de certo modo ajudados e acarinhados; sendo a nossa"primeira vez" não tivémos qualquer tipo de apoio.
Presenciámos "cenas" que nos deixaram boquiabertos! Vamos reflectir se devemos discorrer sobre elas, ou antes, tentar esquecer.
Por outro lado, a grande participação internacional foi fortemente positiva. Falámos com pessoas e estabelecemos contactos interessantes.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

PREPARATIVOS

Aí vamos para nova viagem, embora pareça que a meteorologia não está a ajudar.
Ao invés da primeira saída, desta vez não temos plano definido; com efeito verificou-se ser inútil a sua elaboração prévia, dado que na primeira foi completamente ignorado.
Existem no entanto alguns pressupostos:
- partida a 18 de Abril;
- de 23 a 26 de Abril, encontro em Abrantes;
- dia 2 de Maio, enojantar na Marina da Amieira;
- de 8 a 10 de Maio, Minas do Lousal
Regresso a casa no dia 10 para começar a preparar a saída para a Europa.

Lista de desejos para a próxima saída:
-Fluviário de Mora
-Conimbriga
-Convento de Tomar
-Primeira internacionalização, com saída até Cáceres.

Alguém tem sugestões?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

PRIMEIRA VIAGEM

Por Além Tejo e Algarve
De 20 de Março a 6 de Abril de 2009

Para esta viagem inaugural, tanto da AC como de nós próprios como auto caravanistas, escolhemos locais já de certo modo previamente conhecidos, optando por um tipo de turismo itinerante com pernoitas tanto em parques de campismo como em áreas de serviço para AC ou em parqueamentos livres autorizados, tudo isto para, por um lado, testarmos o material e por outro as diversas possibilidades de pernoita. Efectuámos um planeamento prévio cuidadoso, que deu muito gozo, mas que, de todo, não foi cumprido, antes improvisando e modificando à medida das circunstâncias e desejos ocasionais.

Em dezassete pernoitas fizemos:
5 em Parque de campismo,
1 em Parque de campismo municipal
3 em Parque para AC
1 em AS para AC
7 em estacionamento

Percorremos na totalidade 1 215 km.

DIA 1 – 20 de Março

Com a tripulação completa, isto é, o Capitão Haddock, a sua parceira e o Swing saímos do Porto Aventura (Fernão Ferro) pelas 0940. Sempre por nacionais passámos por Azeitão, Setúbal, Águas de Moura, Pegões, Montemor-o-Novo, Évora, Redondo e Alandroal para chegar ao Camping Rosário.
Paragem em Afonsos para pesar o equipamento que deu, completamente carregada, tanques cheios, gás completo, 3 380 kg. Não me parece mau, embora a margem não seja muita.
Segunda paragem em Montemor-o-Novo, no estacionamento do castelo para almoço a bordo.

DIAS 2, 3 – 21, 22 de Março

Relaxe no camping e passeios a pé nas proximidades. O camping é gerido por um casal de simpáticos holandeses encontrando-se na margem de uma das ribeiras que integram a Barragem do Alqueva. Trata-se de um camping rural, na minha opinião demasiado “rural”, e com uma relação preço/qualidade fraca. Nada de despejos de sabonetadas. Salva-se, como já disse, a simpatia dos proprietários.

DIA 4 – 23 de Março

Saída do camping pela manhã, por pequenas estradas rurais do Alentejo profundo: Capelins, Montes Juntos, Cabeça de Carneiro, Motrinos, Mourão, Aldeia da Luz (para despejos) e Monsaraz para pernoita no seu esplêndido parque dedicado a ACs.
Nunca é de mais realçar o esforço da autarquia da Aldeia da Luz ao criar aquela estrutura que, a não existir, criaria graves problemas a estadias mais prolongadas na região. De notar que uma grande parte dos PCs existentes na região não dispõem de instalações para despejo de sabonetadas. Obrigado à Junta de Freguesia da Aldeia da Luz.

DIA 5 – 24 de Março

E também, um grande obrigado à autarquia de Monsaraz por proporcionar o maravilhoso estacionamento no local em que ele se encontra. Passámos uma excelente primeira noite na companhia de 7 outras AC (3 F, 1 GB, 2 D, 1 B), sendo a nossa a única P.
Não deixar passar a oportunidade para comprar os produtos da Carmim no estabelecimento Castas e Castiços (passe a publicidade) de excelente relação preço/qualidade.
Experimentem um “abatónico” e vão ficar clientes: dois dedos do excelente vinho abafado da Carmim, água tónica a gosto, casca de limão, gelo e OOps, que delicia!
E que tal ter uma paisagem destas, da janela da sua casa de jantar?
DIA 6 – 25 de Março

Para a segunda noite em Monsaraz chegaram mais ACs, alemãs e francesas, sendo que de duas destas saíram churrasco, cadeiras e mesas como se estivessem no PC.
Às 0930 desatracámos e rumámos à Marina da Amieira com escala em Aldeia da Luz para despejos (já começo a ter problemas em ir à Luz só para lá deixar o que não quero!) e no Modelo de Reguengos para abastecimento.
Almoço no estacionamento da Marina a bordo da AC. A tarde foi passada a dar a grande barrela da Primavera ao meu “navio” o “Altair II. Aproveito para deixar aqui um conselho e um apelo: se ainda não conhecem, não deixem de tentar conhecer a paisagem e a oferta turística da Marina da Amieira:
http://www.amieiramarina.com/
Desde um riquíssimo restaurante, a um bar onde podem tomar uma bebida desfrutando de uma paisagem soberba, a passeios de barco na Barragem do Alqueva ou ao aluguer de barcos casa por um dia, um fim-de-semana ou uma semana completa tudo é possível. O restaurante tem vindo a fazer (e vai continuar) enojantares em que cada adega vem, através do seu enólogo, apresentar os seus vinhos que são “casados” com menus especialmente preparados para o efeito. Cultura gastronómica no seu melhor.

DIA 7 – 26 de Março

Hoje o meio de deslocação foi outro. Navegámos no “Altair II” até à Aldeia da Estrela para almoço no restaurante Sabores da Estrela. Este restaurante, que é recomendado por alguns críticos gastronómicos, foi pelo menos neste dia e no meu caso uma perfeita decepção. Espero que não seja a regra e prometo regressar para ver.

DIA 8 – 27 de Março

Saímos da Marina da Amieira depois do PA pela IP2 e depois IC1 com rumo à serra de Monchique.
Parámos para almoçar no estacionamento da Barragem do Arade, que nos pareceu bastante “inóspito”. No entanto, lá se encontravam diversas ACs de várias nacionalidades, algumas com sinais de estarem em estadia muito prolongada. Mais uma vez éramos a única P.
Depois de almoço continuámos por Silves até ao Parque Rural para ACs do Vale da Carrasqueira na serra de Monchique, onde nos instalámos num dos dois lugares ainda disponíveis. O proprietário do local, o excelente Sr. António, olhou quase atónito para a matrícula da nossa AC. Parece que desde a inauguração, em 2007, éramos o segundo P que ali entrava.

DIAS 8, 9 – 28, 29 de Março

Para os companheiros que nunca sentiram a necessidade de o utilizar não quero deixar de dar as minhas impressões em relação ao Parque Rural para ACs do Vale da Carrasqueira. Situado a 1 km para o interior da serra na estrada que liga Portimão a Monchique este equipamento está perfeitamente equipado para receber ACs. Cada alvéolo, embora não muito espaçoso, tem mesa de apoio, água, electricidade e esgoto de sabonetadas próprios.
As instalações sanitárias são impecavelmente mantidas, existem instalações para barbecue e piscina exterior. Ligação grátis à Internet. Máquinas de lavar e secar roupa. Tudo isto por um preço dos mais convidativos.
Por alguma razão os 14 lugares disponíveis se encontram quase permanentemente ocupados.
Aí passámos dois dias, com belos passeios pela serra e bons almoços no “Maximino” a 1 km de distância, na estrada principal.

DIA 10 – 30 de Março

Saímos de Monchique, indo pela Via do Infante em direcção a Castro Marim com escala em Tavira para abastecimento da despensa e congelador. Aproveitámos a viagem pela Via do Infante para entrar em todas as estações de serviço em busca de algum eventual ponto de apoio para despejos de ACs. NADA!
Chegada às 13 horas à AS para ACs de Castro Marim. Almoço a bordo seguido por demorado passeio pela vila, seus jardins e seu castelo. Bonito pedaço de país. A partir das 15 horas a AS ficou completa. As notícias circulam depressa por essa Europa fora.

Obrigado Município de Castro Marim. No deserto de apoios ao auto caravanismo no Algarve e Alentejo são excepção a Aldeia da Luz e Castro Marim. Pensamos nunca ser demais frisá-lo e agradecer às autarquias respectivas.
DIA 11 – 31 de Março

Boa noite sossegada em Castro Marim.
Na manhã seguinte, ao tentarmos aceder à zona de despejos, encontrámo-la bloqueada por uma AC FI e outra NL que estacionaram a oeste da zona e encostados a ela, não permitindo o acesso a um dos postos e só dificilmente ao outro.
Fiz notar o facto ao FI obtendo apenas um sorriso trocista e um acenar de cabeça. Não se moveu apesar de, por essa ocasião, já existirem outros lugares disponíveis. Como vêm, companheiros, “extraterrestres” existem em todas as nacionalidades.
Seria de pedir à autarquia que ponha uma proibição de estacionamento naquela zona para obstar a estes abusos.

Saímos finalmente de Castro Marim pela IC 27, depois Foz de Odeleite e pela marginal do Guadiana até Alcoutim. Daí para Mértola onde abastecemos de gasóleo prosseguindo para Minas de S. Domingos.
Instalação no belo parque de estacionamento junto à Praia Fluvial da Barragem da Tapada Grande onde já se encontrava uma boa dúzia de ACs de nacionalidades diversas.
Embora o Edital camarário que regulamenta o uso do Parque de estacionamento da Praia Fluvial não proíba o estacionamento de ACs, a utilização “campista” que presenciamos, com sinais evidentes de estadia prolongada, é susceptível de gerar conflitos na época balnear (cada AC ocupa o lugar de 3 autos, pois não é possível estacionar doutra maneira).
O local é tão agradável que pretendemos repetir, mas tentaremos evitar a época balnear e os fins-de-semana. Obrigado, Município de Mértola.
Até o Swing arranjou uma "copine"

DIA 12 – 1 de Abril

Saída deste local de pernoita 5* pelas 0930 para dar um “pulinho” de 39 km até Serpa, onde nos instalámos no PC Municipal.
Depois do almoço na AC, saímos para demorada visita a Serpa.

A primeira impressão é olfactiva: Serpa cheira a flor de laranjeira. As muitas laranjeiras, espalhadas por todo o lado, com os botões das suas flores abertos produzem um aroma inebriante que é omnipresente.
As pequenas ruas empedradas são extremamente simpáticas. Visitámos o Museu Etnográfico, o Museu dos Relógios (notável) e o Castelo donde se desfrutam excelentes paisagens.
De referir que o PC Municipal de Serpa deixou envelhecer as suas instalações que, embora limpas, estão verdadeiramente desactualizadas; é no entanto muito útil para permanecer e visitar a cidade que é bem merecedora disso.

DIA 13 – 2 de Abril

Deixámos o PC pelas 1000 e por Beja e Ferreira do Alentejo chegámos a Odivelas onde na Albergaria O Gato almoçámos mais que correctamente. O presunto, o queijo de Serpa e o ensopado de enguias recomendam-se.
Depois de mais 5 km chegámos ao PC Markádia na Barragem de Odivelas onde pelas 1415 nos instalámos.

DIA 14 – 3 de Abril

Dolce farniente e belos passeios a pé em redor da barragem.
Impressionante a quantidade e a diversidade de aves que nos rodeiam e pululam nas árvores que rodeiam a AC, simpáticos também os coelhos que com a maior das descontracções aparecem para nos visitar.

DIA 15 – 4 de Abril

Depois de efectuar a higiene da AC deixámos o PC pelas 1100.
Dirigimo-nos de novo à Marina da Amieira passando por Alvito, Vidigueira e Portel.
Realiza-se hoje um Enojantar com a presença da Adega de Sabicos que é coisa a que não podemos faltar. Entretanto passámos a tarde em alguma navegação no nosso “Altair II”.

DIA 16 – 5 de Abril

Estadia sossegada na Marina com almoço no restaurante “ O Aficionado” na Amieira. Um conselho: se pretenderem almoçar ao fim de semana neste restaurante reservem mesa antes das 11 da manhã ou então...esqueçam. E isto apesar de ser muito grande. Comida farta, boa e barata.

DIA 17 – 6 de Abril

Tudo o que é bom se acaba. Deixámos a Marina bem cedinho e em direcção a Évora e depois pela auto-estrada em direcção a Porto Aventura onde atracámos cerca do meio-dia.

Fim da viagem e até breve.


Para registo futuro:

Gastos de gasóleo 97,56 €
Gastos em PC 136,11 €
Gastos em supermercados 200,58 €
Restos, Cafés, Museus etc. 177,42 €
TOTAL 611,67