Meu pobre blog que tens andado tão abandonado!
Decidi ressuscitar-te hoje (deveria ser só Domingo, a ressurreição) para registar algumas
reflexões relativas ao autocaravanismo e ao associativismo.
Acontece que, quase todas as quintas-feiras, aparece na
minha pasta de spam (lixo) uma mensagem de alguém escrevendo sobre o tema. Isso
não teria grande importância dado que é fácil apagar o lixo.
No entanto, ultimamente, o ódio de estimação do autor
dos escritos naquele blog tem vindo a agravar-se; esse ódio de estimação, que
anda perto do ridículo, é dirigido à FPA – Federação Portuguesa de
Autocaravanismo.
Quem conhece a minha posição perante esta
Federação sabe quais são as minhas opiniões em relação a ela mas permitam-me
que lhes avive a memória.
Sempre considerei, e considero, que uma Federação de
clubes de autocaravanismo é útil e necessária. A Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal, embora honorável, não tem autocaravanismo na
denominação, o que não seria de todo impeditivo, mas tem no seu seio interesses
que são diametralmente opostos aos interesses dos autocaravanistas. Nem a
criação apressada de uma “Secção de autocaravanismo” (parente pobre?!) me convence
de que dali possa vir qualquer solução. Aliás nesta Federação só se encontra
federado um clube de autocaravanismo. A actual FPA pelo menos tem três clubes
federados.
Dito isto, alguns companheiros sabem que aderi com
entusiasmo à ideia de criação de um órgão que pudesse realmente representar os
interesses do nosso hobby preferido. Estive presente no acto fundador desse
órgão que ocorreu na AS de São Mamede. Infelizmente existiu um “erro de
casting” grave na constituição dos seus órgãos directivos que até hoje não foi
corrigido.
São assuntos que só me interessam a mim mas, no
entanto, para fundamentar este escrito tenho de relembrar que, sendo um
autocaravanista recente e sem experiência anterior logo de inicio decidi
inscrever-me como sócio do CPA. Demiti-me após os tristes acontecimentos que
levaram a que numa AG para eleição de uma nova Direcção fosse eleito Presidente
um sócio que acabara de se inscrever no Clube nesse mesmo dia.
Fui sócio do Clube Autocaravanista Saloio de onde me
demiti a 12 de Novembro de 2012 pelas razões que nessa altura expliquei por
carta ao seu Presidente e que me abstenho de tornar públicas.
Fui sócio do Clube Autocaravanista Itinerante do qual
me demiti na sequência da intenção manifestada pela Direcção da altura em voltar
a aderir à FPA, da qual tinha saído com o meu apoio num processo controverso
que não cabe agora aqui fazer renascer.
Dir-me-ão: mas ele demite-se de tudo. Pensa que só
ele é que tem razão. Paciência, não faz lá falta nenhuma!
Pois. Estou de acordo. Continuo a “autocaravanear”
sem ligações associativas a Clubes federados, tentando cumprir o melhor
possível as regras do RESPEITO.
Tenho nesses Clubes pessoas de que muito gosto e foi com imensa mágoa que me separei do seu convivio. Mas é-me impossível aceitar certas coisas e prefiro afastar-me pois os companheiros não são obrigados a aturar-me.
Tenho nesses Clubes pessoas de que muito gosto e foi com imensa mágoa que me separei do seu convivio. Mas é-me impossível aceitar certas coisas e prefiro afastar-me pois os companheiros não são obrigados a aturar-me.
Soluções?
Tenho uma.
Tenho uma.
Uma FPA com um Presidente diferente, a saída do CPA da actual federação campista e a sua adesão a uma verdadeira Federação Portuguesa de Autocaravanismo. Talvez nunca venha a acontecer mas eu gostava.