quinta-feira, 14 de junho de 2012

CONTINUANDO

Depois de Saissac andámos por locais com difícil acesso à Net o que conjugado com alguma preguiça provocou o silêncio.. Hoje, 14 de Junho estamos em Millau, onde conseguimos resolver um pequeno problema do Truma que não queria aquecer a água; finalmente era apenas uma ligação eléctrica do piezzo que tinha saído do sítio. Já voltou ao seu lugar e tudo está bem.
Passámos o dia de ontem em Roquefort onde visitámos uma das caves onde se produz o mítico queijo; um dos nossos preferidos. Descobrimos os segredos da fabricação e provámos as variedades disponíveis. Uma delícia! A autarquia local disponibiliza um magnifico local para estacionamento e pernoita, com AS, e uma paisagem maravilhosa. O nosso périplo histórico-cultural chegou ao fim e passámos ao registo gastronómico e turístico de farniente.
Mas antes disso ainda fizemos algumas visitas. Fomos obrigados a parar quatro dias em Sorèze para dar descanso ao meu joelho que me atraiçoou depois das escaladas de Montségur, Puylarens e Quéribus. Desta pequena vila ficaram as impressões seguintes:


Mais ou menos recuperado do joelho ei-los que atacam os Castelos de Lastours.
Quertinheux, Surdespine e Cabaret construídos no meio do século XI viveram a trágica epopeia da Cruzada contra os Albigenses. Os edifícios primitivos não se situavam no local exacto dos actuais. Na época do Catarismo os senhores de Cabaret apoiam os adeptos da nova religião, várias casas de religiosos cátaros prosperam na aldeia. Em 1209 sofrem vários ataques dos cruzados de Simon de Monfort mas resistem. No tempo da repressão Cabaret será a sede do episcopado Cátaro da região. No fim da cruzada, como represália, as tropas reais destruíram a aldeia e os castelos, que foram posteriormente reconstruídos nas localizações actuais. Para afirmar a sua supremacia o rei adicionou um quarto castelo a Tour Régine, conferindo ao conjunto o seu aspecto actual.



Terminada a visita dirigimos-nos para Mazamet  onde existe um Museu do Catarismo no qual foi possível organizar nas nossas mentes uma grande parte dos acontecimentos que se desenrolaram nos monumentos por onde temos passado. Visita indispensável para quem se interessa por estes assuntos.
Depois de uma pernoita em Castres debaixo de uma enorme trovoada com chuvas torrenciais seguimos para Albi
Uma primeira indicação: Albi proporciona aos autocaravanistas lugares reservados de estacionamento a escassa distância do centro histórico e junto à sua magnifica Catedral.
A Cidadela episcopal está inscrita na Lista do património mundial, na categoria dos bens culturais. Estrutura-se em redor da sua Catedral e do seu palácio fortaleza episcopal  (Palais de la Berbie) edificados no século XIII. É a maior Catedral da Europa construída em tijolo.
A Catedral de Santa Cecília é de estilo gótico meridional único, completada nos séculos XV-XVI por uma decoração interior excepcional. Algumas impressões exteriores





e interiores









Nessa mesma noite, por coincidência, aconteceu na Catedral um concerto por um coro de um Colégio americano em digressão pela Europa, ao qual assistimos. Mágico!
Ainda de Albi algumas impressões da cidade e dos jardins do Palácio episcopal. Bela cidade, bela visita!




A partir daqui, como já disse, turismo e farniente (se a meteorologia ajudar o que parece não ser o caso por aqui neste momento).

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