terça-feira, 27 de março de 2012

DOIS OU TRÊS FACTOS


Continuo a prometer a mim mesmo que não entro em mais polémicas ligadas ao autocaravanismo mas acontecem sempre alguns factos que me fazem “ferver” o sangue e me levam a quebrar os meus votos.
Primeiro facto: A acta nº 5 da AG da FPAO Presidente da Direcção da FPA explanou detalhadamente as actividades desenvolvidas durante o ano de 2012. 
Uma mão cheia de vento, um saco pleno de coisa nenhuma, um acervo de factos inverificáveis. Os dois Clubes presentes aceitaram! Sendo um assunto um pouco subjectivo, fico-me por aqui nos comentários. Tentarei, em sede própria, que o Clube de que ainda sou sócio e que ainda pertence à FPA me dê mais explicações.
Segundo facto: A carta que o Presidente da FPA enviou à Presidente do CAI na sequência da demissão deste clube daquela Federação.
Nela se confirma a arrogância daquela entidade nas suas relações com o CAI. Parece não considerar significativa a vontade expressa pelos sócios do CAI reunidos em AG. Tentou dar a volta aos factos, fazendo parecer que o CAI teria sido “expulso” da Federação em vez de, como realmente aconteceu, se ter afastado pelo facto de os seus sócios terem considerado inapropriado o rumo (ou falta dele) seguido por esta Direcção da Federação. O Senhor Presidente da Direcção da Federação atribui-se uma importância que, efectivamente, não tem!
Terceiro facto (o que realmente me fez escrever mais este artigo): O resultado da AG do CPA em São Pedro do Sul.
Textualmente do Fórum do CPA: A Assembleia Geral do CPA, que teve lugar em S. Pedro do Sul no passado dia 24 de Março do 2012, aprovou por unanimidade o Relatório e Contas de 2012 e saudou com uma calorosa salva de palmas a presença da Delegação do Clube Autocaravanista Itinerante, designadamente a Presidente da Direcção, Ana Pressler.
Vejam, um pouco mais abaixo, o que escrevi em artigo anterior: Até parece que a finalidade da criação desta Federação foi a de destruir a união que existia entre os Clubes que a constituíram. Se era esse o fim foi amplamente conseguido!
Vejam o contentamento que por aí vai pelo facto de o CAI ter abandonado a Federação. Vejam o que conseguiu, o Senhor Presidente da Direcção da FPA, que pela sua arrogância e pelo modo como lidou com o Clube o empurrou para a única solução possível. O único resultado que pode apresentar destes meses de mandato é este que está à vista: o contentamento daqueles que nunca quiseram este projecto.
Nós, no CAI, não temos razões para estar alegres por ter saído da Federação que foi um sonho comum a muitos autocaravanistas. Infelizmente nasceu torta e não se vê maneira de endireitar. Só nos resta esperar por dias melhores.

sexta-feira, 23 de março de 2012

O ASSOCIATIVISMO NO AUTOCARAVANISMO (2)


Embora correndo o risco de vir a ser atacado em várias frentes vou reincidir no acto de tornar públicas as minhas reflexões, preocupações e anseios em relação com o momento actual do associativismo no autocaravanismo neste nosso pequeno meio.
O maior e creio que mais antigo Clube de Autocaravanismo existente em Portugal é o CPA. Sendo muito “fresco” na actividade logo nele me inscrevi pois me parecia, na altura, o local certo para estar. Levei pouco tempo a concluir que o “clima” não era ali o mais compatível com os meus anseios e assisti confrangido a uma AG em que a Direcção cessante, atacada por todos os lados, se recusava a continuar, onde se correu o risco da não continuidade do Clube e em que um sócio acabado de se filiar (provavelmente para o efeito) se apresentou como salvador e tomou as rédeas da Direcção.  A partir desse momento, embora continuando a pagar escrupulosamente as minhas quotas, auto exclui-me de todas as actividades, na expectativa que venham dias melhores, porque continuo a considerar que o o CPA é indispensável ao autocaravanismo nacional.
Dado que o CPA insiste em se manter associado a uma Federação que nada tem a ver com autocaravanismo, não se vislumbrando a razão da teimosia na persistência dessa filiação, alguns pequenos clubes, insatisfeitos com a situação, tomaram o risco de criar uma estrutura  para defender os seus verdadeiros interesses. Assim, no dia 16 de Julho de 2011, o CAI, o CAS e o CGA reuniram-se em AG para eleger os Corpos Sociais da recém criada FPA – Federação Portuguesa de Autocaravanismo.
Foi com alegria que muitos companheiros (entre os quais me incluo) viram “nascer o bebé”. O sonho, todavia, não durou um ano!
Ao dia de hoje quase metade dos corpos gerentes da Federação demitiram-se e um dos Clubes saiu. Mas, o que é pior, clubes que antes eram amigos, em que sócios e corpos gerentes se juntavam em eventos ou em simples passeios, enfrentam-se agora com um antagonismo exacerbado. Até parece que a finalidade da criação desta Federação foi a de destruir a união que existia entre os Clubes que a constituíram. Se era esse o fim foi amplamente conseguido!
Pessoalmente, sou bastante afectado pela situação a que a criação desta Federação conduziu os Clubes. Sendo sócio de dois deles, sempre os considerei “clubes de amigos”, como alguém os intitulou há tempos de modo depreciativo. Tenho (ou tinha?) bons amigos nos dois clubes e com eles me sentia muito bem. Constato, no entanto, que as Direcções dos Clubes os pessoalizaram de uma maneira que faz com que qualquer opinião de um sócio, que não siga o pensamento da Direcção ou conteste alguma das suas decisões, é imediatamente tomada como uma “agressão” e esse sócio considerado “persona non grata”. Já me aconteceu e não estou livre de que me torne a acontecer.
Mas, como sou persistente nas minhas opiniões, vou continuar a ser igual a mim mesmo e, se um dia considerar que estou a mais em Clubes, deixarei de lado o associativismo para continuar a ser, só, autocaravanista.

terça-feira, 13 de março de 2012

O ASSOCIATIVISMO NO AUTOCARAVANISMO


Começo por publicar alguns factos:
Facto 1-Mensagem do CAS à Autarquia de Castelo de Vide
Exmo. Sr. Vice Presidente da C.M de Castelo de Vide
Rececionámos  o convite endereçado por V.ª Ex.ª para a cerimónia de inauguração da Área de Serviço para autocaravanas  na Barragem de Póvoa e Meadas que muito agradecemos, no entanto , por demasiados afazeres relacionados com o os compromissos do nosso Clube, não poderemos estar presentes, ficando a nossa representação a cargo da Direcção da Federação Portuguesa de autocaravanismo.
 Com os melhores cumprimentos
                       José Manuel Fernandes de Matos
                         Presidente da Direcção
Facto 2-Mensagem da FPA à Autarquia de Castelo de Vide
Exmo. Sr. António Manuel das Neves Nobre Pita
Digníssimo Vice-presidente da C.M de Castelo de Vide
Recebemos o convite endereçado por VExa. para a cerimónia de inauguração da Área de Serviço para autocaravanas na Barragem de Póvoa e Meadas que muito agradecemos. Queremos mais uma vez felicitar a Câmara Municipal de Castelo de Vide pela construção desta infraestrutura tão útil para o autocaravanismo que merece o nosso apreço e agradecimento. Informamos VExa que em consequência da distribuição de tarefas entre os membros da nossa Direcção a nossa representação ficará a cargo do Vice-presidente da Direcção da Federação Portuguesa de Autocaravanismo Sr. Dr. Jorge Manuel Guerra.
Com os nossos melhores cumprimentos,
José Ricardo da Silva Pires
Presidente da FPA
Facto 3-Mensagem enviada pela Direcção do CAI aos sócios, na sequência da AG de 11 de Março
Aprovado por unanimidade. o relatório de contas e actividades. Foi feito um pequeno esclarecimento sobre o feedback das cartas enviadas ás varias entidades.
Questionada a presidencia pelo socio Vitor Silva sobre a quantidade de autocaravanas socias a resposta foi:  54 (hoje já são 56)
A pedido do sócio João Sá e do Vitor Silva a elevação do socio João Sá a sócio benemérito foi alterada para um voto de agradecimento ao socio pelos trabalhos efectuados e a efectuar em prol do clube. Aprovado por unanimidade.
As inscrições nos eventos organizados pelo clube passarão a ter valores diferenciados para sócios e não socios. Aos não socios acresce um valor de 10%. Este valor será devolvido ao inscrito, se durante o evento ele se tornar socio do clube.
Considerando que os clubes que compoem em conjunto a FPA com o CAI não terem cumprido com o estipulado na ultima AG de Novembro dessa instituição e considerando que o Presidente da FPA tem boicotado sistematicamente todas as actividades do CAI, foi efectuada a seguinte votação:
Abandonar a FPA por incumprimentos dos objectivos para os quais foi criada!
O sócio João Sá pediu um voto de agradecimento à Ana Pressler, Fernanda Faria e Rui Santo pelo excelente desempenho na tentativa de fazer a FPA trabalhar. Aprovado por unanimidade.
Saudações autocaravanistas
Continuo tecendo alguns comentários da minha lavra(e juro que não fui mandatado por ninguém para o efeito!):
Aos factos 1 e 2: 
Quanto ao CAS: Porra que aquilo é que são "afazeres"!
Nem dá para aceitar um convite para a inauguração de uma AS feito por um Clube irmão e por uma Autarquia. Espero que o CAI retribua no futuro (se chegar a ser convidado).
Quanto à FPA: Ainda bem que não têm "pessoal menor" senão faziam-se representar por alguma "técnica de manutenção de superfícies". 
Também, não fazem lá falta!
Ao facto 3:
O momento é grave e, assim, justifica-se plenamente que as Direcções dos Clubes consultem os associados, em AG, sobre o rumo a seguir. Assim fez o CAI e assim gostaria eu que fizesse o CAS. Este, no entanto, decidiu não o fazer seja por causa dos muitos "afazeres" de que padece, seja porque não considera o momento suficientemente grave para ter que consultar os sócios. Estes lá terão que esperar até Novembro para terem uma AG. Por mim fico à espera!
Na Assembleia magna do CAI foram prestados esclarecimentos, tratados assuntos de interesse geral e tomada a única decisão possível em relação à permanência na FPA tal como ela se apresenta actualmente.