sexta-feira, 6 de maio de 2011

POMPEIA

Continuando a nossa viagem em direcção ao Sul fomo-nos instalar em Pompeia: No programa subida ao Vesúvio e visita ás escavações.
A subida ao Vesúvio pela qual optámos é feita em três fases: de inicio um autocarro da organização leva-nos da vila até á entrada do Parque Natural do Vesúvio. Embarcamos depois neste meio de transporte


que nos leva até cerca de 1 100 metros de altitude por estrada só praticável por estes veículos. A restante ascensão é feita a pé e, em cerca de 800 metros de subida por vezes bastante acentuada, leva-nos até á cratera.

Não tivemos sorte com a meteorologia pois umas irritantes nuvens baixas impediram-nos de tirar partido da, parece, magnifica paisagem que se desfruta daqui sobre Pompeia, Herculano, Sorrento e Nápoles.
O vulcão ainda conserva alguma actividade visivel

Depois de percorrermos a quase totalidade do perímetro da cratera (que tem 1500 metros), regressámos á vila. O percurso total leva cerca de três horas e vale largamente a pena: No entanto, e na minha opinião, a visita ao sitio dos Capelinhos na ilha do Faial é mais impressionante que esta apesar de os efeitos não terem sido comparáveis (felizmente para os Faialenses).
Ficou para a tarde a visita ás escavações. A 24 de Agosto de 79 o Vesúvio despertou inesperadamente cobrindo grande parte do território que o rodeava com uma montanha de cinzas, de fragmentos piroclásticos e de materiais eruptivos, ao mesmo tempo que rios de lava e de lama percorriam as vertentes. O desastre foi de tal modo brusco e repentino que atingiu de surpresa os habitantes da zona, muitos dos quais morreram enquanto tentavam salvar-se fugindo. O desastre sufocou Pompeia ( que ficou, em três minutos, debaixo de um estrato de cinzas superior a seis metros de altura), salvaguardando eternamente os testemunhos de vida imobilizados durante a tragédia, recuperados após mais de dois séculos ignorados.


Os arqueólogos têm vindo a pôr a descoberto o que seria Pompeia no momento da erupção. O aspecto de uma das entradas na cidade é o seguinte.
De alguns dos monumentos ainda se conservam restos significativos




Conservaram mesmo cenas da vida comum dos pompeianos da altura que parecem conservar ainda uma grande popularidade nos dias de hoje: assim, um dos locais mais visitados é o lupanar (vulgo casa de meninas)
Notem o sexo da maioria das pessoas na fila
No interior aprendemos que por cima da porta de cada quarto existia um fresco em que se descrevia a “especialidade” da “profissional” que ali actuava.


Pormenor menos agradável era que as camas eram em pedra
A visita que revela os cuidados que os arqueólogos têm vindo a desenvolver para revelar um pouco do que seria a Pompeia naquela época é bastante interessante mas muito cansativa. As extensões a percorrer são muito grandes e o solo encontra-se ainda revestido com as lajes da época o que torna as deslocações bastante penosas. Recomenda-se um muito bom calçado para esta visita e também uma boa forma física.

Alguns apontamentos sobre a viagem. De Roma para o sul a Itália revela outra face. Para nos deslocarmos para Pompeia optámos por não utilizar autoestrada. O lixo á beira dos caminhos é omnipresente; os edificios privados apresentam, na generalidade, um aspecto de degradação muito avançado  e as estruturas públicas um estado confrangedor. Quanto á condução, os italianos justificam amplamente a fama que têm: traço contínuo parece querer dizer “ultrapasse aqui”, sinal de via com trânsito proibido parece estar lá para enfeitar e a noção de prioridade em cruzamentos e/ou rotundas é inexistente.
Todos aqueles que se queixam do lixo ou da má condução em Marrocos deveriam vir ver aqui! Marrocos é um paraíso em comparação.
A Internet nos campings é cara e má; estas minhas mensagens vão chegar-vos com atraso. Mas chegam com certeza!

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