quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Á ESPERA DOS “SALOIOS”

Deixámos os nossos leitores na Ilha de Oleron. A 23 de Setembro era dia de aniversário da nossa co-piloto. O restaurante do PC em que nos encontrávamos prepara uns “plateaux” que não vos digo nada! “Degustado” a bordo, acompanhado por um muscadet bem frio. Feliz aniversário!

Regressámos ao continente, continuando rumo a Sul, com mais uma paragem para almoço: tratava-se de comparar as ostras de Oléron com as de Arcachon. Podemos informar que ganham as de Oléron com um grande avanço.
Travessia no bac de Royan e, seguindo pela costa do sudoeste francês de que tanto gostamos, passámos Saint-Jean-de-Luz e fomos pernoitar em Socoa no meio de um enorme temporal de vento e chuva.
A 25 de Setembro entrámos em Espanha e pelo País Basco, Cantábria e Astúrias fomos pernoitar na AS de Avilés (atenção à pernoita em tempo chuvoso pois o estacionamento é em erva e para sair de lá de manhã é bastante laborioso).
Saímos pois de Avilés e rumámos á Pátria de onde tinhamos saído a 29 de Agosto.
Desde então temos andado a aquecer para o encontro dos “saloios”: Caminha, Melgaço, Lamas de Mouro e por fim Viana do Castelo onde vamos esperar pelos nossos amigos e pelo 3º Encontro do CAS.
Por fim uma adivinha: estivémos aqui hoje, quem pode dizer onde é.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ILHA DE OLERON - A "ÉGLADE"

Numa tábua grossa e o mais possível resistente ao fogo arrumam-se, muito bem arrumadinhos, uns quantos mexilhões. Cobrem-se com uns punhados de caruma de pinheiro. Deita-se fogo à caruma. E está pronto!

Garanto-vos é delicioso.
Como entrada tivemos algumas ostras, tudo regado com um bom branco da ilha de Oleron.
E no próprio local de exploração.
Mais um bocado bem passado 

LA POINTE DU RAZ

18 de Setembro. Deixámos Camaret e viemos instalar-nos perto de Plogoff na Cornualha. O estacionamento e pernoita vai ser num dos aderentes da rede France Passion, no caso um estabelecimento de fumagem de peixe Le Fumoir de la Pointe du Raz. Já provámos os seus produtos e são excelentes!

Toda a costa da Bretanha é duma grande beleza.
A Pointe du Raz na extremidade Oeste da Cornualha encontra-se num parque natural duma beleza excepcional.
Este esporão rochoso entra pelo terrível “raz de Sein”.
Perto da estátua de Nossa Senhora dos Náufragos,
o panorama sobre o mar largo permite avistar a ilha de Sein para lá da qual se distingue por tempo claro o farol de Ar Men e a noroeste o farol de Tévennec.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CONTINUAÇÃO

Saímos de Paris a 13 de Setembro em direcção a Honfleur.
Cidade essencialmente turistica, possuindo um porto de pesca e um porto de recreio.
Muito frequentada por autocaravanistas, possui uma área de pernoita municipal, com dois locais para serviço e fornecimento de electricidade. Custo de 9 € por noite pagos por cartão de crédito num autómato. Situa-se práticamente no centro tem uma capacidade anunciada de 300 AC e encontrava-se completa na noite de 13 de Setembro de 2010!
Como monumento mais notável destacamos a Igreja de Santa Catarina.
Construída em 1468, esta igreja tem como particularidades o facto de ser básicamente realizada em madeira e a existência de duas naves.
Para o facto existem duas explicações. Uma delas avança que, existindo muito pouca população, seria suficiente uma pequena igreja tendo sido esta construída na data já indicada de 1468. Mas dada a expansão do local, habitado por marinheiros e prósperos armadores foi necessário aumentar a igreja, juntando-lhe uma segunda nave em 1496.
A outra explicação, de carácter técnico, explica que, tendo a igreja sido construída em madeira e por carpinteiros navais, não lhes seria técnicamente possível a construção de naves mais largas.

Seja qual for a verdade a igreja é bela, é insólita e, para “gente do mar” diz qualquer coisa!

Depois de deixarmos Honfleur seguimos pela estrada costeira passando pelas praias do desembarque que já mereceram noutras viagens visitas detalhadas. Desta vez apenas parámos em Arromanches para ver uma nova apresentação do desembarque em cinema a 360º. Vale a pena!
Subindo pela península do Contentin a 14 chegámos a Saint-Vaast-la-Houge.
Cidade que vive da cultura da ostra, da construção naval, da pesca e do turismo.
Dadas as constantes guerras com os Ingleses esta cidade foi fortificada por Vauban encontrando-se ainda hoje vestigios bem conservados dessas fortificações.
Tivemos a oportunidade de nos recolher na Chapelle des Marins, pequena igeja muito simples mas onde estão bem presentes as memórias dos desaparecidos no mar na dura labuta da pesca.
Hoje 17 de Setembro estamos em Camaret-sur-Mer.
A Bretanha é efectivamente muito bela. Temos a sorte de estar a beneficiar de uma meteorologia magnifica (invulgar para a região). Situada na peninsula de Crozon, Camaret vive da pesca, da marinha de recreio e do turismo.
Cidade muito amiga dos autocaravanistas, não avistámos uma única placa discriminatória. Existe um Camping municipal na vila mas existem também três áreas de serviço e pernoita para AC. Vimos, além disso, autocaravanas estacionadas um pouco por todo o lado sem nenhum problema.
A região é magnifica.

MAIS VISITAS EM PARIS (E ARREDORES)

O Museu Guimet ou Museu Nacional das Artes Asiáticas nasceu em 1889 dum ambicioso projecto do industrial Émile Guimet, tendo sido originalmente consagrado á história das religiões. Reúne actualmente colecções excepcionais de esculturas, pinturas e outros objectos de arte que ilustram as diversas culturas e civilizações do continente asiático, cobrindo uma área tão vasta no tempo – cinco milénios – como no espaço – da India ao Japão.

Na impossibilidade de tudo vos mostrar destacamos:
Da India – Shiva Nataraja, o Rei da Dança (estatueta em bronze do século XI)
Do Nepal – Máscara de Bhairava (máscara em cobre dourado do século XVI)
Do Japão – Amida sentado (estátua em madeira do século XI)
Do Vietnam – Siva com dez braços (estátua em grés do século XI)
Além das obras expostas é de salientar a biblioteca, criada logo desde o inicio do museu em 1889, especializada nas artes antigas e na arqueologia da Ásia oriental e extremo-oriental. Para além do seu valor intrinseco é notável a sua beleza arquitectural.

Museu do Quai Branly (onde as culturas dialogam)
Museu relativamente recente, inaugurado em 2006, reune as colecções dos extintos museu do Homem e do museu nacional das Artes de África e da Oceânia. Na fachada Norte do edificio um “muro” vegetal de 800 m2 acolhe 15000 plantas; No interior, a museografia procura dar ao visitante a sensação de se deslocar no coração de uma floresta. Numa torre de vidro central estão expostos 8500 instrumentos musicais provenientes de todos os continentes não-europeus.
O Magrebe
A África profunda
A religião católica presente na Etiópia
Os norte-americanos originais
Encontrava-se ainda disponível uma exposição temporária subordinada ao tema “Rio Congo, artes da África Central”. Estavam disponíveis testemunhos escritos e materiais dos séculos XIX e XX.
É de realçar que, em meados do século dezanove, a África Central se encontrava quase inexplorada, o território e os seus habitantes eram quase desconhecidos do resto do mundo apesar de navegadores Portugueses terem desembarcado na costa do Gabão em 1472 e no Congo em 1482.
Nesta exposição dá-se relevo aos trabalhos dos exploradores Paul du Chaillu, Stanley e Pierre Savorgnan de Brazza, entre outros.

VERSALHES! Que dizer de Versalhes? Os adjectivos são curtos. Porém…..
Protesto contra a multidão de visitantes: impossível de apreciar a beleza daquelas salas, daquelas pinturas, daqueles móveis, enfim de todo aquele conjunto imersos numa multidão de visitantes que desliza como um oceano revolto no meio de toda aquela beleza.
Protesto contra a decisão da direcção do museu/palácio de instalar nas salas visitadas obras em plástico de um artista japonês que, na nossa opinião, completamente fora de contexto, retiram dignidade aos locais em que se encontram.
Exemplos:
Protesto, enfim, contra o azar da meteorologia que, por meio de chuva violenta, nos impediu de tirar partido da beleza dos jardins e de visitar completamente os anexos do palácio. Ficará para uma outra vez!
É dificil de escolher mas aqui deixamos algumas notas fotográficas de Versalhes:
E dos jardins:
Conclusão: há que voltar a Versalhes. É obrigatório!

A Basilica Catedral de Saint-Denis é uma obra-prima monumental da arte gótica. Foi concebida por Suger no século XII e terminada na época de Saint-Louis no século XIII.
No entanto, as suas origens são contemporâneas do aparecimento do cristianismo na Gália, tendo o edificio original sido concebido para abrigar os restos mortais de Saint Denis, martirisado em meados do século III. Tornou-se, em seguida e até á Revolução, um dos principais e mais ricos centros monárquicos do reino.
Patrono do reino de França e, por identificação, de toda a nação, Saint-Denis foi escolhido para velar, na abadia que lhe foi consagrada, pelo repouso eterno dos soberanos.
Foi alvo de inúmeras melhorias e padeceu das vicissitudes provocadas pela história (Revolução Francesa) como simbolo que foi da monarquia. A catedral actual serve de estojo á mais inestimável colecção de monumentos funerários e pode, sem dúvida, prevalecer-se de ser o local de memória mais intimamente ligado á história dos reis de França.
François I e Claude de France
Clovis II e Charles Martel
Henri IV
Louis XII e Anne de Bretagne
Henri II e Catherinne de Médicis
Notáveis igualmente os belissimos vitrais datando, do século XIX pois os originais foram destruídos pela barbárie revolucionária para deles aproveitar o chumbo.

A vila em que se encontrava o nosso Parque de Campismo base para visitar Paris ,Maisons-Laffitte, é conhecida pelo seu hipódromo e pelas corridas de cavalos que aí se desenrolam. Aí se encontra também um palácio que mereceu a nossa visita.
O Château de Maisons é um modelo de classicismo francês.
Inaugurado em 1651 com uma festa sumptuosa oferecida a Ana de Áustria e a seu filho Luís XIV, com 12 anos de idade na altura. Sofre diversas sortes e modificações por sucessivos proprietários, corre o risco de ser demolido para ser urbanizado para construção e é finalmente adquirido, em 1905, pelo Estado Francês. Aberto ao público como Museu desde 1912.
Alguns aspectos interiores: