sábado, 25 de agosto de 2012

DE LAMEGO A BRAGANÇA COM ESCALA EM BALTAR

Em Lamego começaram as festas em honra de Nossa Senhora dos Remédios. Impunha-se mais uma visita ao seu santuário.



A Sé também merece largamente uma visita sem esquecer o seu claustro. Uma pena o estado de abandono patente nas capelas do claustro.


Abandonámos Lamego, em direcção a Baltar onde tínhamos um encontro com as "Sextas à noite pelo Românico". O programa era aliciante e rezava: "Nas noites quentes de Verão a Rota do Românico convida-o a desvendar os segredos que se escondem ao luar. Na companhia da lanterna e da luz da lua". No programa, a 24 de Agosto, a Capela da Senhora da Piedade da Quintã em Baltar-Paredes. Mas o homem dispõe e a meteorologia dispõe.
Chegámos a Baltar na data indicada pela hora do almoço o qual se desenrolou no restaurante  O Zangão. E bem, belo almoço com muita simpatia e óptima relação qualidade/preço. Possuindo o restaurante um vasto parque de estacionamento logo ali pedimos e recebemos autorização para pernoitar com a autocaravana.
Bem almoçados partimos em expedição para um primeiro contacto com a "vedeta" da noite.


 As últimas fotografias já foram feitas à chuva! Regressámos à AC a trote e depois não parou mais de chover. Á hora marcada para a visita chovia com tal intensidade que não tivemos coragem para nos deslocarmos de novo à Capela. Ignoramos mesmo se a visita se efectuou.
Hoje viajámos até Bragança onde passaremos o fim de semana deslocando-nos segunda feira para Léon.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

DE PARAÍSO EM PARAÍSO (COM PASSAGEM PELO INFERNO)

Eu sei. A vida é dura. Para a tornar um pouco mais suportável nada melhor que escolher alguns "paraísos" com que ainda nos vamos deparando neste "vale de lágrimas". Barril de Alva é um deles. Vejam o ar "preocupado" destes quatro "senadores" de molho no rio Alva. Sem sequer se preocuparem com a poluição causada por um ou outro abusador.
Para alguém que ainda possa andar distraído neste mundo do autocaravanismo aqui fica a informação sobre esta AS para AC (mas será que existe algum português que ainda não saiba disto?).
Em Barril de Alva, nas margens do rio que lhe dá o nome, está uma aldeia que conta, parece, com 300 habitantes. Beneficia de belezas naturais ímpares, de uma população acolhedora e, principalmente, de uma administração autárquica notável. Parece que, inacreditavelmente, a fria lei dos números quer acabar com esta freguesia. Nem queremos acreditar e, embora sem grandes meios para concretizar a nossa oferta, aqui nos disponibilizamos com o nosso apoio para que Barril de Alva se mantenha tal como é.
Esta terra, que facilmente nos entra no coração, conta com um habitante que se singulariza pelo seu espírito de serviço, pela sua gentileza e do qual nos orgulhamos de poder contar entre os nossos amigos. Falo do Carlos Ramos e mais não digo.
Nesta viagem que começámos a 12 de Agosto tínhamos planeado várias coisas. Uma das principais vantagens do autocaravanismo é a facilidade com que se modificam os planos pré-estabelecidos. O Facebook fez-nos saber que tínhamos alguns amigos no Barril e aí vamos nós.
Alguns dos nossos amigos são "poetas" de fim de semana e, nos azulejos que ornamentam a "cozinha" do Barril quis deixar um pouco da sua veia.
Pois e é mesmo "baril" como diz o Rui. Junto à AS são disponibilizados equipamentos comunitários tais como uma cozinha com churrasqueira e forno, casas de banho e locais para merendas. Algumas imagens dos equipamentos e da utilização "intensiva" que lhes foi dada.






Vínhamos por um dia ficámos mais. Mas a viagem tem que continuar e lá seguimos para o norte com destino a Lamego, onde nos encontramos e que é um outro canto de paraíso. O nosso companheiro Nuno instalou em Lamego numa propriedade em que outrora funcionou uma estalagem de pertença familiar um Parque de Autocaravanas.

 

Conta com uma bem implantada AS, com casas de banho, lavagem de loiça e ainda WiFii gratuita que estamos neste momento a utilizar. Junto ao Parque existe um modesto restaurante com uma relação qualidade/preço imbatível. De salientar ainda que os "vizinhos" são as Caves da Raposeira que hoje mesmo tivemos a oportunidade de visitar. Impressionantes as suas caves com 5 milhões de garrafas!
No caminho parámos em Góis. Simpática a Praia Fluvial da Peneda.


O "inferno" perguntarão. O Parque de Campismo Municipal de Góis. Pura e simplesmente não tem condições para receber autocaravanas.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

VIAGEM DE VERÃO/OUTONO 2012 - INICIO


Certos companheiros dizem: somos veículos ligeiros e temos, portanto, direito a estacionar em igualdade de circunstâncias com os outros veículos da mesma classe.
Têm razão! Mas…
Imaginemos que uma dada autarquia cria condições para o estacionamento e pernoita de AC. Essa autarquia gere um território que confina com o mar e com uma lagoa. É muito frequentada por AC que concorrem, nos dias de grande afluência, com os outros veículos ligeiros pelos lugares de estacionamento. Pelo seu gabarito “incomodam”. A autarquia veda um espaço especifico, disponibiliza uma AS para AC e, de pleno direito, faz pagar pelo serviço prestado.
Caros companheiros: “iluminem a minha lanterna”!
Não tem esta autarquia o direito (e o dever) de fazer respeitar o investimento que fez e de disciplinar o estacionamento “selvagem” de veículos de 7 metros de comprimento por 2,30 metro de largura em locais que, em principio, não lhes são adaptados.
Pois.
Foz do Arelho de 12 para 13 de Agosto de 2012. Contámos em certas alturas mais AC no parque de estacionamento exterior do que no espaço proporcionado pela autarquia. Algumas delas em nitido estado de campismo. 
No exterior..
...ainda no exterior...
....sempre no exterior.....
..no exterior e em primeira linha de praia.
No interior a grande maioria de AC eram francesas e espanholas com uma minoria de portugueses. 

No interior....
...devidamente estacionadas.
O guarda do parque, que fecha a cancela às 1930 horas, confessou-nos que tomou conhecimento que alguns “utilizadores de AC” vinham pela calada da noite fazer serviço, regressando ao exterior, o que já o fez fechar a água da AS a partir de uma certa hora.
Caros amigos autocaravanistas: com comportamentos destes não se admirem que em muitos locais exista discriminação negativa em relação às AC.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

CONTINUANDO

Depois de Saissac andámos por locais com difícil acesso à Net o que conjugado com alguma preguiça provocou o silêncio.. Hoje, 14 de Junho estamos em Millau, onde conseguimos resolver um pequeno problema do Truma que não queria aquecer a água; finalmente era apenas uma ligação eléctrica do piezzo que tinha saído do sítio. Já voltou ao seu lugar e tudo está bem.
Passámos o dia de ontem em Roquefort onde visitámos uma das caves onde se produz o mítico queijo; um dos nossos preferidos. Descobrimos os segredos da fabricação e provámos as variedades disponíveis. Uma delícia! A autarquia local disponibiliza um magnifico local para estacionamento e pernoita, com AS, e uma paisagem maravilhosa. O nosso périplo histórico-cultural chegou ao fim e passámos ao registo gastronómico e turístico de farniente.
Mas antes disso ainda fizemos algumas visitas. Fomos obrigados a parar quatro dias em Sorèze para dar descanso ao meu joelho que me atraiçoou depois das escaladas de Montségur, Puylarens e Quéribus. Desta pequena vila ficaram as impressões seguintes:


Mais ou menos recuperado do joelho ei-los que atacam os Castelos de Lastours.
Quertinheux, Surdespine e Cabaret construídos no meio do século XI viveram a trágica epopeia da Cruzada contra os Albigenses. Os edifícios primitivos não se situavam no local exacto dos actuais. Na época do Catarismo os senhores de Cabaret apoiam os adeptos da nova religião, várias casas de religiosos cátaros prosperam na aldeia. Em 1209 sofrem vários ataques dos cruzados de Simon de Monfort mas resistem. No tempo da repressão Cabaret será a sede do episcopado Cátaro da região. No fim da cruzada, como represália, as tropas reais destruíram a aldeia e os castelos, que foram posteriormente reconstruídos nas localizações actuais. Para afirmar a sua supremacia o rei adicionou um quarto castelo a Tour Régine, conferindo ao conjunto o seu aspecto actual.



Terminada a visita dirigimos-nos para Mazamet  onde existe um Museu do Catarismo no qual foi possível organizar nas nossas mentes uma grande parte dos acontecimentos que se desenrolaram nos monumentos por onde temos passado. Visita indispensável para quem se interessa por estes assuntos.
Depois de uma pernoita em Castres debaixo de uma enorme trovoada com chuvas torrenciais seguimos para Albi
Uma primeira indicação: Albi proporciona aos autocaravanistas lugares reservados de estacionamento a escassa distância do centro histórico e junto à sua magnifica Catedral.
A Cidadela episcopal está inscrita na Lista do património mundial, na categoria dos bens culturais. Estrutura-se em redor da sua Catedral e do seu palácio fortaleza episcopal  (Palais de la Berbie) edificados no século XIII. É a maior Catedral da Europa construída em tijolo.
A Catedral de Santa Cecília é de estilo gótico meridional único, completada nos séculos XV-XVI por uma decoração interior excepcional. Algumas impressões exteriores





e interiores









Nessa mesma noite, por coincidência, aconteceu na Catedral um concerto por um coro de um Colégio americano em digressão pela Europa, ao qual assistimos. Mágico!
Ainda de Albi algumas impressões da cidade e dos jardins do Palácio episcopal. Bela cidade, bela visita!




A partir daqui, como já disse, turismo e farniente (se a meteorologia ajudar o que parece não ser o caso por aqui neste momento).