Saídos
de Toledo em direcção a Saragoça decidimos cortar para Nuévalos, na região de
Calatayud, para visitar o Monasterio de
Piedra.
Do
ponto de vista autocaravanista, nenhum problema: o complexo turistico em que se
encontra integrado o Mosteiro conta com um enorme parque de estacionamento onde
se pode pernoitar sem problemas (sem serviços).
Este
Mosteiro foi origináriamente uma fortaleza de defesa muçulmana. Na época da
Reconquista (1149), Afonso II de Aragão cedeu o castelo e todas as terras que o
rodeavam à Ordem de Cister. Os
monges conseguiram construir o Mosteiro em 23 anos, o que é pouco para as suas
dimensões, dado que não tiveram que fazer transportar nem polir a pedra da
construção, pois utilizaram a das muralhas e da fortaleza árabes.
A
construção do Mosteiro desenrolou-se na época de transição do românico para o
gótico. A arquitectura caracteristica desta Ordem era o gótico de Cister,
sóbria, austera, simples e luminosa. Os monges viveram neste Mosteiro cerca de
700 anos, de 1195 a 1835. Durante este periodo tiveram que o abandonar por três
vezes: em 1808, durante a guerra da Independencia e pela ocupação francesa. A
segunda em 1820/23, aquando do triénio liberal e definivamente em 1835, tendo
sido expropriados e a propriedade vendida em hasta pública. Em 1840. foi
adquirida, tornando-se propriedade privada.
Aqui
vos deixamos algumas impressões dos claustros
da
sala do capitulo
do
altar barroco de S. Bento (séc. XVIII)
e
do que resta da Igreja.
Uma
curiosidade. Esta é uma imagem colhida na antiga cozinha monástica.
Trata-se
de um aparelho para tratamento das favas do cacau. Acontece que segundo a
tradição, este Mosteiro foi o primeiro
local na Espanha e na Europa onde se transformou o cacau em chocolate.
Gulosos como somos este facto impõe uma certa veneração pelo local.
Parece
que um monge de Cister teria acompanhado Herman Cortez à América e trazido,
como prenda para o seu abade, um saco de cacau; a partir daí o “milagre”
consumou-se.
O
complexo turistico do Monasterio de Piedra compõe-se do Mosteiro própriamente
dito (ou do que dele resta), dum hotel que ocupa grande parte do que antes eram
dependencias do Mosteiro (e que não se visita) e dos jardins. Estes jardins são
verdadeiramente notáveis e a nós levaram-nos cerca de duas horas e meia a
percorrer. Não aconselhável a pessoas com dificuldades de locomoção ou mesmo
com crianças muito jovens.
Aqui
vos deixamos algumas imagens.
Olá companheiro
ResponderEliminarExcelente local que muita gente desconhece, apesar de passar perto. Eu próprio só à 3ª ou 4ª passagem é que me decidi a ir visitar e já lá vão uns anitos.
Boa viagem.
Pois é Vitor, nós não visitamos em Setembro porque o nosso menino estava de perna engessada e voltamos para trás... mas não sem antes adquirir uns maravilhosos chocolatinhos dos Monges de Cister...
ResponderEliminarA Fernanda está muito bem na foto da imponente cascata !
Beijinhos aos dois!