segunda-feira, 23 de maio de 2011

FRANÇA


Hoje é dia 23 de Maio. Entrámos em França pelo túnel do Fréjus. Estamos instalados nas margens do Lac de Carouge em St. Pierre d’Albigny (Sabóia). A pouco e pouco têm sido feitas algumas alterações ao percurso; não fizémos o Vale de Aosta que já conheciamos dos tempos AC (antes da autocaravana). Optámos pela passagem do Fréjus que implica túneis de 36 km no total mas que é muito mais curta. Além disso entramos em França por uma zona que ainda não conhecemos bem.
Quanto à Regione dei Laghi: vale mesmo a pena! Começámos pelo Lago di Garda, tendo acampado em Peschiera del Garda. Turistica de mais para o nosso gosto; fez-me rir a dimensão dos “navios” de recreio que ali têm atracados num lago. Aquilo são embarcações para o mar alto; mal empregados! Fizémos depois a volta completa do lago por Bardolino (região de ?bom vinho?), Garda, Riva del Garda, Gargnano e Salò. Mudámos de lago e fomos acampar nas margens do Lago d’Iseo talvez no melhor camping em que estivémos até agora. As paisagens eram magnificas.


Continuámos pelo Lago di Como, tendo subido de Lecco até Belagio e descido depois até Como. A minha pendura adorou, pois parece que as paisagens são magnificas. Por mim nada vi porque a estrada tem tanta curva e é tão estreita que não a aconselho a cardíacos; felizmente não tive muito trânsito senão não sei como seria; na maior parte da estrada não há largura para dois veículos. O seguinte foi o Lago Maggiore; mais uma vez, grande de mais, não nos encantou.
Já o Lago d’Orta foi outra bela descoberta: acampados a metros da margem disfrutámos de uma paisagem magnifica.

Um passeio a Orta San Giulio
levou-nos, numa pequena navegação, até à Isola San Giulio
onde visitámos a Basílica (?fundada no século IV)



Com a deslocação do Lago d'Orta até ao túnel de Fréjus encerrámos o capitulo italiano da nossa viagem.

domingo, 15 de maio de 2011

CONTINUAÇÃO


Uma das poucas coisas que têm um preço convidativo em Itália são as autoestradas. Isso, conjugado com o movimento muito grande nas nacionais que atravessam todas as vilas e cidades, faz-nos optar por elas com frequência. Assim de Veneza até Peschiera del Garda foi um saltinho. Instalados à beira do Lago di Garda preparámo-nos para passar o fim de semana. A meteorologia que nos tem sido muito favorável não ajudou desta vez e o vento e chuva forte obrigaram-nos a permanecer fechados em “casa”.
Uma palavra quanto à planificação: pusemos de parte Trieste e a Eslovénia. Estamos super cheios de visitas de arte, de grandes cidades e de monumentos e decidimos virar-nos para a natureza. Região dos lagos, di Garda, Iseo, Lugano e Maggiore. Depois o Vale de Aosta e entrada em França pelo Col de Saint Bernard.
Começamos a mirar com inveja a sardinhada proposta pelo CAS em Penacova. É um pouco cedo para os nossos projectos mas com o desenrolar da continuação da viagem, logo se verá.

sábado, 14 de maio de 2011

TORCELLO - MURANO

Guardámos o último dia para a parte setentrional da Laguna de Veneza. Embarcámos em Punta Sabbioni para Torcello, com escala em Burano e mais tarde Murano.
Em Torcello pudémos admirar a elegante Chiesa Santa Fosca,
e a Basílica. Esta Catedral, fundada em 639 foi radicalmente remodelada em 1008.
Encerra maravilhosos mosaicos dos séculos XII-XIII


De Murano pode salientar-se a visita ao Museu do Vidro.
Não tem, no entanto, interesse suficiente para justificar uma deslocação, a não ser para quem pretenda ficar a par de todas as técnicas de fabricação. Nos diversos comércios que pululam em toda a ilha encontram-se peças muito mais belas que as apresentadas no Museu, mas a preços que rondam a "indecência".
E por aqui fica a visita à Região de Veneza.

VENEZA

A visita a Veneza decorreu nos dias 10, 11 e 12 de Maio.
Ficámos “acampados” em Cavalinno. Ao programa, de manhã autocarro até ao ferry de Ponta Sabbionni para Veneza e depois os mais variados “vaporettos” para nos deslocarmos de um lado para o outro; custo do bilhete, compreendendo todos os transportes durante 72 horas, 44 zeuros por pessoa (é económicamente favorável).
Palavras para definir Veneza:
-segundo os guias turisticos: “incomparável cidade romântica”, “palácios sumptuosos e igrejas magnificas”, “poucas cidades possuem tantas atracções”. 
-segundo este vosso servidor: confusão, turistas aos magotes, confusão, exploração desenfreada desses turistas (um euro e meio para ir fazer xixi!), confusão, centenas de pontes para subir e descer, confusão, centenas de canais, confusão. Dada a topografia da cidade as pessoas são obrigadas a fazer a sua vida sobre a água e nos inúmeros canais. Existe o barco ambulância, o da policia, o da recolha do lixo, o da entrega das mercearias e mesmo o do correio expresso. Alguns exemplos:

O nosso primeiro dia de visita foi reservado à Piazza San Marco e aos monumentos que a rodeiam. Napoleão classificou esta praça como “a sala de visitas mais elegante da Europa”. Na minha opinião exagerou um pouco. Ainda por cima o azar persegue-me: quando vou visitar monumentos tenho-me encontrado com muita frequência com estaleiros de obras. Eu sei que essas obras de manutenção são necessárias mas, bolas, escusava de me calhar sempre a mim.
Enfim, lá conseguimos admirar o Palazzo Ducale, que foi a residência oficial de 120 Doges que governaram Veneza de 697 a 1797. No século IX, existia no local uma estrutura tipo fortaleza, a qual foi substituída pela elegante versão gótica actual.

Artistas como Ticiano, Tintoretto e Bellini rivalizaram entre si para embelezar o palácio com pinturas e esculturas. Nos dias de hoje dezenas de guardas tentam impedir os visitantes de fotografar toda essa beleza; mesmo assim conseguimos “roubar” algumas fotos que aqui vos oferecemos.
Logo á entrada somos surpreendidos pela decoração das escadas de acesso:

Os tectos de algumas das salas são de grande beleza
As fachadas interiores do Palácio são notáveis

Continuando na Piazza San Marco apreciamos a Torre dell’Orologio de estilo renascentista,
as colunas de San Marco e San Teodoro,
o Campanile, torre com 98,5 metros que serviu como farol, torre de vigia e salão de tortura,
o Caffè Florian com fama de ser o primeiro café da Europa, ainda mantém a decoração interior de 1720 e uma orquestra que permanentemente acompanha os seus clientes,

e a Basílica San Marco, de estilo bizantino, construída para mostrar o poder da Republica Veneziana e para guardar o túmulo de S. Marcos. A fachada virada a Ocidente apresenta uma sucessão de cúpulas, colunas, arcos, agulhas, estátuas de mármore e mosaicos resplandecentes, datando alguns do século XIII.


Do interior da Basílica destacamos alguns aspectos das cupulas, do Nártex e do pavimento. Quem aprecie o estilo bizantino fica bem servido.



Seguiram-se vários monumentos e igrejas, surpresa atrás de surpresa;





Da paisagem urbana registámos a Ponte do Rialto e as suas gôndolas,

os “engarrafamentos” das ditas
o “louco” movimento no Grande Canal
a muito popular Ponte dei Suspiri
os tectos na entrada do Museo Correr (estritamente proibido fotografar no interior)
Vai longa esta mensagem sobre Veneza. O que aqui deixámos foi captado em dois dias. Mais uma vez o físico aguentou (mais ou menos); mas continua a verificar-se que, a partir dum certo ponto, o intelecto já não absorve mais e aí sim, cansa!