Fica realmente bem “à mão” esta bela cidade espanhola. Nestes últimos dias de Agosto foram frequentes os “encontros” com falantes lusos que por ali deambulavam.
Não explorámos as possibilidades de estacionar na cidade com a AC. Alojámo-nos no Camping D. Quijote que fica a 4 km do centro; existe um caminho pedonal ou para bicicletas ao longo do Rio Tormes que leva á cidade. Por nosso lado utilizámos um autocarro que, em cerca de 20 minutos, nos deixa em plena Gran Vía.
A partir daí, manda a lógica que se inicie a visita pela Plaza Mayor. É uma das maiores e mais belas de Espanha. Unamo chamou-lhe “corazón henchido de sol y aire”. Centro nevrálgico da cidade, coração a que afluem todas as artérias, nela lateja a vida salamantina.
A seguir, é um desfilar de monumentos que rivalizam entre si em beleza e em significado histórico e cultural:
A Universidade, um dos edificios mais importantes de Salamanca e uma das jóias da arte renascentista espanhola. Inaugurada em 1218 por Afonso IX de Leão e consolidada mais tarde por Afonso X o Sábio para competir com as universidades de Oxford, Bolonha e Paris.
A jóia do edificio é a sua fachada, realizada em pedra dourada que comporta uma homenagem aos Reis Católicos. No seu interior escondem-se tesouros como a Aula de Frei Luis de León, a majestosa escada de acesso ao primeiro piso e a valiosissima biblioteca. Frente à Universidade encontram-se dependências igualmente notáveis como as Escolas Mayores.
A silhueta das Catedrais domina o céu salamantino e o seu interior recolhe a vida e a história da cidade e dos seus cidadãos. Conjunto histórico-artistico por excelência, erguendo-se em conjunto a Catedral Velha e a Catedral Nova. A Nova, gótica, renascentista e barroca nasce e cresce a partir da outra. Do silêncio intimo da Velha nasce o desejo de diálogo com um ente superior; a grandiosidade da Nova pressupõe a pequenez do Homem e a complexidade do Mundo.
A “Clerecia” é um edificio monumental barroco erigido pelos Jesuítas no século XVIII e é actualmente a sede da Universidade Pontificia. Em conjunto com a Casa das Conchas cria um enorme conjunto arquitectonico que, para além de ser um “ex libris” da cidade, se integra admirávelmente no tecido urbano.
A Casa das Conchas é um dos palácios mais populares da cidade. Foi mandada construir nos séculos XV/XVI por Don Rodrigo Arias Maldonado, cavaleiro da ordem de Santiago e daí a sua decoração exterior.
Todos estes monumentos foram vistos em detalhe no âmbito de uma visita/conferência guiada. Utilizando um pequeno comboio turistico tivemos ainda a possibilidade de visitar superficialmente o Convento de Santo Estevão, o Palácio de Monterrey, a Ponte Romana, o Museu de Arte Moderna…
Ficámos muito longe de esgotar Salamanca. Um dia é francamente insuficiente. Mas fica assim de pé a vontade de voltar.
Nota: Feito com a ajuda do Guía de Monumentos fornecido pelo Turismo de Salamanca.
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