domingo, 10 de janeiro de 2010

Á volta do Alqueva


A barragem do Alqueva está perto de atingir a sua cota máxima de enchimento. Estamos a 152 mts, sendo o máximo 154.
É enorme a riqueza que ali está acumulada sabendo nós as dificuldades mundiais em redor da água.
Alguns pequenos bémóis se fazem notar. Parecem ter sido mal calculadas algumas das infraestruturas ligadas à navegação; existem cais inacessiveis pois a subida da água isolou-os. Onde existiam peninsulas estão agora ilhas.
Mas enfim tudo isso é secundário se comparado com o valor para as terras ribeirinhas de toda aquela água.
Aproveitámos pois o pequeno intervalo meteorológico que se verificou a 8 e a 9 de Janeiro e fomos iniciar o nosso "ano autocaravanista" na Marina da Amieira. A 9 era dia de Enojantar, tendo como vedeta a Adega Altas Quintas. Apresento ao lado um exemplar da ementa do jantar, com indicação dos vinhos que foram servidos.
A propriedade de Altas Quintas, situada no Nordeste Alentejano, na zona demarcada de Portalegre, apresenta uma área total de 256 ha, divididos por duas quintas que se estendem, paralelas, a uma altitude que varia entre os 496 m e os 770 m, no interior do Parque Natural da Serra de S. Mamede. Baseada em castas autóctones, como Trincadeira e Aragonez nos encepamentos tintos, bem como Verdelho e Arinto nos brancos, a herdade conta ainda com percentagens mais baixas de variedades de forte potencial enológico, como Alicante Bouschet, Alfrocheiro, Shyraz e Cabernet Sauvignon.
A ligação entre os pratos e os vinhos servidos foi, como sempre, bastante cuidada. Como ponto cultural, a refeição foi abrilhantada pelo grupo de cante alentejano da Amareleja.
O próximo jantar está marcado para o dia 6 de Fevereiro e terá como vedeta a adega João Portugal Ramos.
É de salientar a comodidade de poder acabar de jantar e ter a cama a 50 metros; efectivamente, a administração da Marina continua a dispensar o melhor acolhimento aos autocaravanistas.

2 comentários:

  1. Oh amigo Haddock,
    Não me faça crescer água na boca, pois ainda estou recordado do almoço de Novembro...
    Para tornar o local perfeito,só falta mesmo uma pequena infra-estrutura de apoio aos autocaravanistas.
    Um abraço e boa viagem de regresso.

    Catrineta

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  2. Estive neste local aquando do Encontro da Amieira promovido no âmbito do IV Encontro de aderentes do CAB e considero que estamos num local paradisiaco.

    Por outro lado a relação qualidade preço dos Enojantares justificam uma digressão autocaravanista.

    Subscrevo o bom e desejável que seria a existência de uma Estação de Serviço para apoio aos autocaravanistas, nomeadamente aos que compareçam a esses jantares.

    Papa Léguas

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