sexta-feira, 31 de agosto de 2012

BURGOS

Em Burgos encontram-se figuras estranhas.
Espreita-se o jornal do vizinho
e descansa-se junto ao peregrino.
Somos recebidos pela figura, célebre na cidade, de El Cid.

Na Casa del Cordón foi Cristóvão Colombo recebido pelos Reis Católicos a 23 de Abril de 1497 aquando do seu regresso da sua segunda viagem ao Novo Mundo.
Mas, incontestavelmente, a grande vedeta de Burgos é a sua Catedral declarada Património Mundial pela UNESCO. A sua construção prolongou-se desde o ano de 1221 até 1765, predominando o estilo gótico, admiravelmente harmonizado com outras tendências artísticas.
A Catedral gótica encontra-se na falda do monte Castelo no local anteriormente ocupado pela anterior catedral românica de Afonso VI; Puseram a primeira pedra o bispo Dom Maurício e Fernando III o Santo, rei de Castela e Leão, a 20 de Julho de 1221. As sensações suscitadas pela visita a este monumento não são fáceis de descrever. Aqui deixamos algumas imagens do exterior.







Também dos indescritíveis interiores.


















Por ali andamos três horas. A fatiga venceu-nos e não fomos capazes de ver tudo o que há para ver naquele esplêndido monumento. Burgos, ao contrário de León, não é tão fácil de "dominar". Faltou-nos ver muita coisa, o que vai servir de pretexto para regressar. 
Burgos vale a pena.
Do ponto de vista autocaravanista: ficámos acampados no PC Fuentes Blancas, único na cidade. Transporte público à porta que nos leva à Plaza de España  em poucos minutos. O Parque de Campismo é caro e não é bom, especialmente a AS que é nojenta. Mas, enfim, não conheço outras alternativas viáveis.

O NUMERO DE DEUS

Lemos recentemente o romance histórico "O número de Deus" de José Luís Corral. As protagonistas principais deste romance são as Catedrais de León e de Burgos. Curiosidade despertada lá integrámos estes dois destinos nesta nossa viagem e, assim, aportámos a León no dia 28 de Agosto. Para quem não conheça se informa que a autarquia proporciona um estacionamento reservado para AC, gratuito, limitado a 48 horas e idealmente localizado para visitar a cidade. Possui além disso AS mas de difícil utilização.
Elegemos para visitar: o Convento de San Marcos de León, a Real Colegiata de San Isidoro e, claro, a Catedral de Santa María de León.
O enorme complexo conventual de San Marcos de León foi a sede principal da Ordem de Cavalaria de Santiago para o reino de Leão e constitui o melhor exemplo da arte do Renascimento na província. A sua edificação remonta à Idade Média mas desse período nada resta. A construção actual data dos séculos XVI ao XVIII, tendo sido bastante alterada para as necessidades de instalação de um Parador Nacional.




No seu interior visitam-se a igreja, o claustro e o museu.





Daqui seguimos para a Real Colegiata de San Isidoro onde ainda se encontram belas realizações do Românico. Aqui também se visitam a igreja, o museu (fotos não autorizadas) e o claustro.










Catedral de Santa María de León encontrava-se (como muitas vezes nos acontece) em obras o que dificultava a toma de imagens do seu exterior mas, mesmo assim, aqui vos deixamos uma pequena amostra.







E do interior.








León vale mesmo a pena! É uma cidade com uma dimensão humana e muito agradável. A partir do estacionamento das AC atingem-se com facilidade a pé os principais pontos de interesse. Deixou-nos uma boa recordação.